Espaço. Tantas e tantas vezes precisamos de criar espaço. Espaço na nossa vida, nos nossos dias, nas nossas horas, no nosso coração. Tantas e tantas vezes nos queixamos de que o novo não vem, de que continuamos a viver no meio de coisas velhas e enferrujadas, com anos e anos de existência. Na verdade, estamos apegados a esse conforto que as velhas memórias e os velhos sentimentos nos dão. É um lugar conhecido, mas que nos sufoca e nos faz ansiar pelo novo que teima em não chegar.
Mas para podermos receber o novo e todas as coisas boas que ele traz, temos de criar espaço. Libertar aquilo que já não nos serve e libertarmo-nos daquilo que já nada nos acrescenta. No fundo, precisamos de arrumar a casa: limpar a poeira, deitar fora o que já não tem serventia, mudar as coisas de lugar e deixar espaços vazios para que possam ser preenchidos. Porque numa casa cheia e desarrumada não há espaço para colocar mais nada.
Se queremos que coisas novas cheguem até nós, temos de nos libertar das coisas antigas. Se queremos pessoas novas na nossa vida, mais de acordo com a nossa energia e forma de estar, temos de nos libertar das pessoas tóxicas que tanto espaço nos ocupam. Se queremos um novo amor, temos de fazer o luto daquele amor que [nos] falhou, deixá-lo ir, com leveza e determinação. Se queremos o novo, temos de ter o discernimento e a serenidade necessários para dizer adeus ao antigo. Só assim haverá espaço para que as coisas boas cheguem até nós e se sentem ao nosso lado enquanto fizer sentido.
Não podia concordar mais, é isto tudo!
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