segunda-feira, 1 de abril de 2019

Meu amor querido

É assim que gosto de lhe chamar, ao meu Pedro [à sorte tremendamente grande que me saiu na rifa]. Porque é mesmo um amor querido. Que veio com a serenidade dos trinta. Que me fez perceber que não importa quantas vezes te partem o coração, chegará o dia em que percebes que, afinal, já não dói e podes abri-lo em flor. Que me dá aquela sensação de chão firme, de ombro presente e de colo onde me posso aninhar e rir ou chorar com a mesma verdade. É um amor muito querido. Que me recebe sempre com um sorriso e me abraça e afasta todos os fantasmas que, de quando em vez, ainda me assaltam os dias. É também nesse abraço que me reencontro, fechando as portas das velhas crenças e abrindo a porta da minha essência. Ao seu lado, tudo é acalmia, tal e qual um rio numa tarde de Primavera. Ao seu lado, os poemas fluem em catadupa e suspeito que, mais dia menos dia, já não sei falar de outra forma que não seja em verso. É mesmo um amor querido. E hoje quero falar dele só porque sim, só porque me faz sentido, só para eternizá-lo em palavras que ficarão registadas para todo o sempre. Obrigada, meu amor querido, pela vida mais colorida que trouxeste para os meus dias, por teres feito transbordar o meu coração. 

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