quarta-feira, 3 de abril de 2019

LIVROS | Este amor sem precedente

"Cada livro tem alma. A alma de quem o escreveu e a alma dos que o leram e viveram e sonharam com ele".

Assim escreveu Carlos Ruiz Záfon no livro A Sombra do Vento [um dos meus preferidos]. Talvez, por isso mesmo, eu goste tanto de livros antigos, em segunda ou terceira mão. Porque os livros guardam em si não só a emoção de quem o escreveu, mas também a emoção [ou a alma] de todos aqueles que o escolheram, que pegaram nele como quem pega num tesouro, que o carregaram debaixo do braço, em ambas as mãos, apertado contra o peito, junto ao coração, que o leram e viveram com ele momentos de alegria, tristeza, nostalgia e tudo aquilo que um livro é capaz de nos transmitir. Toda essa magia fica encerrada nas páginas de cada livro, como se o mesmo fosse uma guarda-jóias de tesouros preciosos, de confidências e lágrimas, de sorrisos à revelia e daquele olhar cheio de brilho que determinadas estórias são capazes de provocar.

Cem Anos de Solidão é um dos meus livros preferidos de sempre. Já falei muito sobre ele e voltarei a falar, por certo. Mas hoje quero falar de mais este exemplar que veio ter às minhas mãos pelas mãos do meu Pedro [esse amor querido com que a vida me presenteou]. Uma edição antiga, em segunda mão, com as páginas amareladas e aquele cheiro a livro antigo que eu tanto gosto. Um livro que marcou este nosso amor desde o começo, sobre o qual tanto falámos, que andou desaparecido e que foi reencontrado para, agora, vir morar cá para casa, para o meu lugar-das-coisas-especiais. Obrigada, meu amor. Sabes bem o que significa para mim, pois conheces bem esta minha mania de fazer dos livros coisas vivas que se entrelaçam no meu coração e das quais não me sei apartar.

3 comentários:

  1. Esta edição não é antiga é milenária... tenho curiosidade qual o ano? Uma pena, as publicações europa-américa perderam e estão a perder todos os bons autores... Quero muito reler este livro...

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    1. Sim, é mesmo muito antiga! Infelizmente, não sei o ano. Mas o pai do meu namorado comprou-o em segunda (ou terceira) mão num alfarrabista há já uns anos! É uma relíquia, não só por ser um dos meus livros preferidos de sempre, numa edição antiga, mas também por questões pessoais! Agora vou reler, uma vez mais :)

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