domingo, 10 de fevereiro de 2019

Livros | A Sombra do Vento - Carlos Ruiz Zafón

[SINOPSE]

Cada livro tem alma. A alma de quem o escreveu e a alma dos que o leram e viveram e sonharam com ele.

Há livros que chegam de mansinho e escangalham a nossa vida. Abanam-nos por dentro e colam-se à pele como perfume de Primavera. A Sombra do Vento [que dá início à tetralogia d' O Cemitério dos Livros Esquecidos] chegou até mim por acaso, um desses acasos que não são coincidência. Sem saber bem do que se tratava, dei por mim a sentir arrepios de frio e de alegria logo após a primeira página. Porque há livros que são portas abertas para outros mundos, mais de acordo com o coração que nos bate no peito.

A Sombra do Vento é, precisamente, um livro de amor. Amor aos livros. Até onde serias capaz de ir por um livro, pelo amor que lhe tens, pela devoção que lhe guardas? Até onde serias capaz de ir para chegar mais perto daquelas palavras, daquela alma que as esculpiu? A Sombra do Vento é, precisamente sobre tudo isso e tanto mais. Não é só sobre a família Sempere ou sobre o enigmático escritor Julian Carax. É sobre toda a magia e todo o encantamento das palavras e dos livros, que deixam de ser apenas de quem os escreve para se tornarem um pouco de todos aqueles que os lêem e que vivem, choram e sonham com eles.

Atrevo-me a dizer que este é daqueles livros que aparecem uma vez na vida para mudarem a nossa vida para sempre. Não sou de livros preferidos, pois seria o mesmo que perguntar a uma mãe de qual dos filhos gosta mais. Mas sou de livros que me tocam e, como tantas vezes digo, engolem metade do meu coração. A Sombra do Vento juntou-se a Eu Confesso [também de autor espanhol, só agora me apercebo da "coincidência"] nessa categoria de livros especiais.

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